domingo, 12 de agosto de 2012

O caçador de pipas, Khaled Hosseini

Título: O caçador de pipas

Título original: The kite runner

Autor(a): Khaled Hosseini

Editora: Nova Fronteira

Páginas: 365

Ano: 2005

Sinopse: Este é um romance emocionante, envolvente, que nos cativa logo nas primeiras páginas. Livro de estréia de Khaled Hosseini, O caçador de pipas é uma narrativa insólita e eloquente sobre a frágil relação entre pais e filhos, entre os seres humanos e seus deuses, entre os homens e sua pátria. Uma história de amizade e traição, que nos leva dos últimos dias que monarquia do Afeganistão às atrocidades de hoje.

Amir e Hassan  cresceram juntos, exatamente como seus pais. Apesar de serem de etnias, sociedades e religiões diferentes, Amir e Hassan tiveram uma infância em comum, com brincadeiras, filmes e personagens. O laço que os une é muito forte: mamaram do mesmo leite, e apenas depois de muitos anos Amir pôde sentir o poder dessa relação.

Amir nunca foi o mais bravo ou nobre, ao contrário de Hassan, conhecido por sua coragem e dignidade. Hassan, que não sabia ler nem escrever, era muitas vezes o mais sábio, com uma aguda percepção dos acontecimentos e dos sentimentos das pessoas. E foi esse mesmo Hassan que decidiu quem Amir seria, durante a batalha da pipa azul, uma pipa que mudaria o destino de todos. No inverno de 1975, Hassan deu a Amir a chance de ser o grande homem, de alterar sua trajetória e se livrar daquele enjôo que sempre o acompanhava, a náusea que denunciava sua covardia. Mas Amir não enxergou sua redenção.

Muito depois de desperdiçada a última chance, Hassan, a calça de veludo cotelê marrom e a pipa azul o fizeram voltar ao Afeganistão, não mais àquele que ele abandonara há vinte anos, mas ao Afeganistão oprimido e destruído pelo regime Talibã. Amir precisava se redimir daquele que foi o maior engano da sua vida, daquele dia que o inverno foi o mais cruel.

" Eu me tornei o que sou hoje aos doze anos, em um dia nublado e gélido
do inverno de 1975. Lembro do momento exato em que isso aconteceu, 
quando estava agachado por detrás de uma parede de barro parcialmente 
desmoronada, espiando o beco que ficava perto do riacho congelado.
Foi há muito tempo, mas descobri que não é verdade o que dizem  a 
respeito do passado, essa história de que podemos enterrá-lo.
Olhando para trás, agora, percebo que passei os últimos vinte e seis anos
da minha vida espiando aquele beco deserto." 

" Às nossas costas, todos aplaudiam. Foi uma explosão de palmas e assobios.
Eu estava ofegante. A última vez que experimentei uma sensação tão fantástica
como essa foi naquele dia de inverno, em 1975, logo depois de ter cortado a última pipa,
quando avistei baba no telhado lá de casa, batendo palmas, sorrindo radiante.
Baixei os olhos para Sohrab. Um dos cantos de sua boca tinha se curvado um tantinho
para cima.
Um sorriso.
De um lado só.
Que mal se notava.
Mas que estava ali.
Atrás de nós, crianças saíam correndo em disparada e um monte daqueles caçadores
perseguia aos gritos a pipa solta que continuava voando acima. Foi só eu piscar os olhos
e o sorriso tinha desaparecido. Mas existiu. Eu vi.
- Quer que tente apanhar essa pipa para você?
O seu pomo-de-adão subiu e desceu quando engoliu. O vento agitou o seu cabelo.
Pensei ter visto ele fazer que sim com a cabeça.
- Por você, faria isso mil vezes! - me ouvi dizendo.
Virei, então, e saí correndo."

Eu fui obrigada a ler esse livro para a aula de literatura da minha escola, mas acabei me encantando com ele. Esse livro mostra algumas dificuldades entre pais e filhos, entre outras coisas. Vale muito a leitura.

Beijinhos,
Denise Valente

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